Ângulo platô-patela: uma opção na avaliação da altura patelar nas osteotomias da tíbia proximal
Historicamente, a medida da altura patelar foi amplamente estudada por sua relação causal com vários problemas da articulação femoropatelar como dor anterior no joelho, condromalácia e instabilidade patelar. Por outro lado, a patela baixa apresenta associação com hiperpressão e artrose femoropatelar. Após osteotomias tibiais, pode haver alteração na altura da patela. Um dos primeiros métodos para avaliar a altura patelar foi proposto por Blumensat em 1938. Os métodos de avaliação radiográfica da altura patelar mais comumente utilizados envolvem o cálculo de uma proporção entre medidas. A fim de eliminar os cálculos, Portner-Pakzad propôs um método denominado “ângulo platô-patelar”. Este método requer apenas uma medição de um único ângulo, eliminando cálculos adicionais. Por ser uma avaliação angular, não há interferência devido à ampliação radiográfica e tamanho do paciente, exigindo apenas uma flexão mínima de 30° do joelho na radiografia.
O objetivo deste estudo foi comparar o ângulo platô-patela com o método de medida clássico de altura patelar, e validá-lo como um método de medida após osteotomias tibiais.
A osteotomia proximal da tíbia tende a alterar a altura da patela e a osteotomia de abertura medial, especificamente, tem tendência a diminui-la.
Avaliando os três métodos que demonstraram mudanças da altura da patela após a cirurgia, o índice de Blackburne-Peel, índice de Caton-Deschamps e ângulo platô-patela, a mudança é mais significativa no ângulo platô-patela. Embora o método platô-patela siga a mesma tendência de redução dos métodos de altura patelar de Caton-Deschamps e Blackburne-Peel, talvez superestime a redução, devido a alterações na inclinação tibial após a osteotomia.
Referência:
PLATEAU-PATELLA ANGLE: AN OPTION FOR ASSESSING PATELLAR HEIGHT ON PROXIMAL TIBIA OSTEOTOMY.. Acta Ortop Bras. 2016 May-Jun;24(3):127-30.